sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Depois do pico da gripe II: factos

Agora que já se está a completar um mês após o pico (garantia dada pela Ministra da Saúde e pela secretária-geral da OMS), o alarme mundial já se está a esvanecer e as farmacêuticas já lucraram com a corrida dos países às vacinas, que acabaram por ficar armazenadas em stocks aos milhões, o que vejo e concluo ao olhar para trás?

Vejo aquilo que via no início, quando o pânico se instaurou na sociedade e os meios de comunicação explodiram numa onda de reportagens sensacionalistas e manipuladoras:
- vejo médicos (ainda hoje) desinformados, cujas afirmações são inconsequentes;
- vejo um alargado conjunto de pessoas sem espírito crítico que acatam tudo aquilo lhes ordenam;
- vejo que desde Maio (altura em que a doença foi notificada no país) até fins de Dezembro  o número de mortes, que poderiam ocorrer em Portugal, nem se aproximou  do número avançado pelo director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical: 75 000 mortes; em Portugal, morreram 57 pessoas e não 75 000 ;
- vejo que, como já é habitual, é tudo movimentado pela ganância tendo como único objectivo o lucro, sem olhar as meios.

Concluo que tinha razão e que agora, com o decorrer do Inverno, resta-nos apenas a gripe sazonal que prolifera (essa sim) pelo mundo nesta altura do ano, matando milhares de pessoas. Parece-me a mim bem mais real, não só mas também em número de contágios e de mortes, que a gripe A.

10 comentários:

  1. As pessoas estão demasiado habituadas a aceitarem tudo o que lhe dizem como verdades absolutas. Este é um grande problema português, mas também global.
    Quanto à gripe só é pena que os media apenas tenham feito aquilo que parece que é o seu objectivo: disseminar as notícias que lhes mandam.
    O jornalismo feito por anónimos começa cada vez a ser mais informativo, como o seu no que diz respeito a esta temática quando abordou no início do blogue os factos por detrás da gripe.
    Obrigado!

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  2. 57 pa 75000 ainda é um bocado... lol

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  3. Jornalismo anónimo? Não queira comparar jornalismo com cruzamento de informação ou dar a opinião.

    De tudo o que referiste o que é impensável é o caso da informação divulgada pelos médicos que apelaram à vacinação sem bases cientificas, apenas a ouvir o diz-que-disse.

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  4. Quiseram meter-nos esta história pelos olhos, só lamento que tenham sido poucos os que inicialmente se deixaram levar por este bando de gananciosos.

    Tenho de concordar com o Lourenço, o que eu faço não se compara (em nada) com jornalismo!

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  5. Chamemos-lhe então de "despertar mentalidades", para não ferir susceptibilidades.

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  6. Acho que em todo o mundo a sazonal acabou por matar mais que a gripe a. Tanto dinheiro que foi para o goto e ainda houve aquela notícia dos abortos, coisa que nunca ficou explicada... É o que dá quando quem manda não se informa.

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  7. Jorge, matou e mata. Na altura também não havia muita informação, mas quando compraram as vacinas a história já era outra. Enfim...

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  8. A história já era outra? A história foi sempre a mesma mas esta gente fica logo em pânico. Podiam muito bem ter esperado para ver no que isto dava. Tinham poupado muito com isso e eram menos uns milhões deitados para o lixo.

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  9. Tudo podia ter sido diferente se não existisse tanta gente corrupta. Tínhamos tido estatísticas reais sobre tudo isto e não tinha havido tanto desperdício.

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  10. Desperdício. É mesmo isso! Pelo menos falo por mim que não vou levar nenhuma!

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