segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Madeira, várias desgraças

A catástrofe na Madeira foi provocada pela forte chuva que deu origem a correntes de água que arrastaram tudo o que encontraram, tendo provocado um elevado nível de destruição, caos e morte. Pelas imagens, eu diria que mais parece que a Natureza se revoltou e quis engolir tudo.

Enquanto Alberto João Jardim assegurava a preparação de um pedido de apoio a Bruxelas, o Governo fazia saber que havia colocado todos os meios financeiros ao dispor da Madeira e, posteriormente, juntos definiram o plano de ajudas para a região. Houve também uma imediata união social, após se verem as imagens que chegavam da Madeira, tendo sido abertas várias contas bancárias para depósitos de donativos.
O povo madeirense começou já a mobilizar-se e organizar-se, para começar a limpar ruas, retirar destroços, restituir a beleza à ilha e retomar a sua vida normal. É notável o espírito lutador destas pessoas!

Até ao momento, estão contabilizadas 48 mortes, 32 desaparecidos e centenas de desalojados. Pensando nestes números, é impossível não pensar nas causas desta catástrofe e nas atrocidades ambientais que a ilha sofreu. Se por um lado é verdade que o volume de água atingiu níveis elevadíssimos, é verdade também que desflorestaram encostas, encanaram ribeiras e permitiram construções em leito de cheia.
Em relação à chuva é impossível travá-la e não podemos a levar ao banco dos réus, mas a quem permitiu que toda esta água não encontrasse resistência, através dos meios anteriormente referidos, a esses podemos atribuir culpas.
Posto isto, concluo que, para além do óbvio, é necessário repor a permeabilidade dos solos e restituir leitos de cheia, sendo isto possível através do plano de ordenamento do território.

Tenho ainda de referir que me indigna o aproveitamento político desta situação, pois é completamente despropositado que os vários partidos venham fazer alarido e se mostrem solidários só para ficarem bem-vistos. Isto prova que, para além de vampiros, os políticos são uns mentecaptos sem coração e sem escrúpulos para quem até a desgraça alheia é motivo para fazer política.
Hoje vejo-me obrigada a concordar com o nosso Presidente da República: “Deixem trabalhar o Governo!”.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Lucros do casal McCann

Quando o assunto estava “fresco” rendeu alguns milhões e depois disso, com a contínua divulgação das supostas procuras, entrevistas e processos, continuou a render. Ora vejamos o que poderão ganhar e o que já ganharam:
- Fundo “Find Madeleine” (só nos primeiros dez meses): 1,5 milhões de euros
- Processo à Sky News: 2,5 milhões de euros
- Processo a Gonçalo Amaral: 1,2 milhões de euros
- Processo à TVI: valor não purado
- Proposta filme: 1,15 milhões de euros
- Proposta de livro: valor não apurado
- Entrevistas: valor não apurado
- Várias angariações de verbas: valor não apurado

Este é um esquema bem montado e com o qual este casal obteve e poderá continuar a obter grande lucro, sendo esta sem dúvida uma maneira de ganhar dinheiro muito mais fácil do que qualquer um dos empregos que tinham e com a benesse de não terem qualquer trabalho.

Parece-me óbvio que existe uma constante procura, por parte deste casal, em atingir a maior soma de dinheiro possível.
Não concordam?


Nota: se possível averiguarei os restantes valores.

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Mais queixas dos McCann

Parece que os McCann continuam a esmiuçar tudo o que lhes é possível na tentativa de angariar mais alguns dos nossos euros, que supostamente serão investidos no nobre objectivo de procurar a sua filha (Maddie), ou seja, numa causa perdida.

Durante a passada semana a Sra. Advogada do casal McCann apresentou mais uma queixa, desta vez contra a TVI, alegando que a estação de televisão violou o segredo de justiça quando promoveu a tese defendida no documentário e no livro “Maddie – a verdade da mentira”, ambos alvos de uma providência cautelar. Não obstante, a Sra. Advogada entende que foram cometidas “infâmias e injúrias” contra o casal.

Essas “infâmias e injúrias” devem também englobar o facto de o casal ter abandonado os seus filhos para ir jantar com os amigos, não deixando ninguém a supervisionar as crianças e, consequentemente, responsável pelas mesmas. Negligenciaram não só a supervisão das crianças como ainda as drogaram, através de fármacos, para que permanecessem a dormir e não os aborrecessem durante a noite que prometia ser divertida. Isto, só por si revela uma extrema falta de carácter!

Para além disto, convém lembrar ainda que o casal deveria ter sido presente ao tribunal para responder pelos crimes de negligência e abandono em 72h, mas tal não se sucedeu.  Ao invés, o Ministro da Justiça que exercia naquela época optou por os enviar para Londres, ainda antes de os olhares da polícias ou públicos darem conta do sucedido.
O que deveria estar na barra do tribunal era o apuramento não só do que ocorreu naquela noite, mas também a punição dos pais pela forma como procederam para com as crianças. Posto isto, resta-me apenas dizer que todos nos queixamos que a justiça não funciona em Portugal, mas parece que também não funciona em Inglaterra, visto que por lá o caso até foi abafado.

Os McCann deviam ter vergonha pela atitude que tomaram na altura e pelo comportamento que apresentam ainda hoje e a Sra. Advogada devia ter vergonha por estar a defender este caso, que se revela despropositado e interesseiro.

Deixo uma última questão: e se os McCann fossem portugueses?

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sporting 1 - 4 Benfica

O Sporting e o Benfica vinham de dois jogos da Liga Sagres que em nada lhes favoreceu os respectivos percursos. Ora vejamos:

Sporting: a Académica venceu-o, impondo-lhe a terceira derrota em casa e agudizando a crise que o clube atravessa. Este deveria ter sido um jogo que servisse como tábua de salvação para o campeonato, mas revelou-se exactamente o contrário. O Sporting não merecia ganhar, mas teve oportunidades de golo que não soube aproveitar, bastando à Académica ser eficaz no pouco que fez.

Benfica: empatou com o V. Setúbal, mostrando-se longe do habitual nível de jogo. Sou benfiquista mas devo dizer que o Benfica não mereceu o empate! Este jogo foi um tiro no pé, por culpa nossa, e assim deixámos fugir 2 pontos que podem vir a ser cruciais, pois todos apregoam que estamos em 1º lugar, mas esquecem-se que temos um jogo de avanço e apenas um ponto de diferença do Braga.

...  ...  ...


Estes precedentes faziam-me adivinhar que na Carlsberg o Sporting lutasse com tudo o que tinha, pois já não tinha mais nada a conquistar (não contemos com a Liga Europa, pois o Everton deve estar mortinho para lhe cair em cima). Cheguei mesmo a ficar algo preocupada, confesso! Principalmente quando me apercebi que metade da equipa titular benfiquista não se encontrava presente para defrontar um Sporting que estava a jogar a sua última cartada.

Sporting x Benfica
Não fazia conta com um jogo assim. Ao ver o jogo, percebi que o Sporting tinha vontade de ir à final, mas que isso não chegava para vencer. Quanto ao Benfica não podia ter reagido melhor ao tropeção contra o Setúbal e até parecia, a certa altura, estar em jogo de treino com Jesus a corrigir e ensinar os novatos. Olhando para o jogo, fomos a equipa que geriu a posse de bola e conduziu a partida.

O primeiro passo para a vitória foi dado com a expulsão de JP que com aquela entrada quase lesionava o Ramires. Consequentemente ficámos em superioridade numérica e marcámos o primeiro golo. E porque quem via o jogo apercebia-se da clara superioridade do Benfica, após o segundo golo vimos os adeptos do Sporting a abandonar o estádio (vendo bem, o Sporting fez bem em limitar a venda dos bilhetes, caso contrário a humilhação seria ainda maior).
Após o segundo golo o Benfica parecia ter a vitória assegurada e baixou a guarda o suficiente para Liedson reduzir a vantagem no final da primeira parte, puxar pelos sportinguistas e deixar os benfiquistas a sofrerem um bocadinho nos dez minutos seguintes. No entanto, o sofrimento não durou muito mais tempo, pois a segunda parte foi só Benfica e com direito a mais dois golos, sendo apenas de assinalar o “errado” fora de jogo de Pongolle.

Bom: os golos marcados por David Luiz e Cardozo, dois dos 'culpados' pela miséria do empate no sábado frente ao Setúbal.
Mau: o individualismo repetido de Di María nalguns lances, quando o melhor era passar a bola.


O Benfica está na final de uma competição que venceu a época passada. Provavelmente vamos defrontar o Porto, o clube da fruta, mas isso só se confirmará (ou não) logo à noite.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ensaio sobre a cegueira

Partindo do pressuposto que toda a humanidade estaria cega, o livro leva-nos a indagar como se comportaria a sociedade, e nós próprios, caso existisse uma situação semelhante, que nos tornasse a todos vulneráveis. Perante uma tal desorganização e sendo emergente a imposição dos instintos de sobrevivência em detrimento dos valores básicos tidos como desejáveis e praticados actualmente, as pessoas assemelham-se mais a animais do que a humanos.

É impossível não temermos uma epidemia, imaginarmos como agiríamos ou como o medo faria vir à tona os instintos mais escondidos dos homens, levando-os a quebrar regras. Damos por nós a perguntarmo-nos se preferiríamos estar também nós cegos ou visualizar imagens horripilantes como os cães a devorar um cadáver de um homem. Para além disto, existe ainda um relato radiofónico que nos noticia o caos estabelecido no mundo e as atitudes que os governantes tomam, numa tentativa de isolar o problema e não de estudá-lo.

O livro transmitiu-me a ideia de que o mundo não está bem. De que nos vamos habituando às coisas más, dolorosas, perturbantes, e perdemos a sensibilidade, a capacidade de reagir às coisas más, de combatê-las. Este livro é, de uma maneira um tanto excessiva, a metáfora do medo real. O retrato tinha que ser duro, porque o mundo é duro e violento.

A obra faz-nos indagar se é assim que somos e aonde nos leva o caminho por onde vamos. Faz-nos reflectir sobre as relações entre o individual e o colectivo. Embora não apresente respostas para a maioria das questões colocadas.
É por esta reflexão contínua que nos é impingida pelo autor, que considero o livro sempre actual. As questões levantadas durante o percurso das personagens, sobretudo os comportamentos adoptados e a convivência entre pessoas que se se vissem não olhariam uma para a outra com um olhar ocasional, faz-nos reflectir e perguntar como é que nos podemos definir.

No fim, toda a alegria exaltada é substituída por uma conclusão interrogadora quando a mulher do médico diz que "vendo estamos cegos". O que nos leva a fazer a mesma pergunta ao longo dos tempos: é necessário cegar para que possamos "ver" cada um?

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Bob Marley

A 6 de Fevereiro de 1945, na província de St. Ann, Jamaica, nasceu Robert Nesta Marley, conhecido como Bob Marley, aquele que mais contribuiu para difusão do reggae.

Quando em 1957 se mudou para Trenchtown, em Kingston, encontrou uma realidade marcada pela pobreza e pela violência, foi neste contexto social que o rei do reggae cresceu e se inspirou.

No final de 1961, foi integrante no grupo Wailing Wailers, com os quais gravou "Simmer Down", misturando o ska a uma letra baseada na linguagem utilizada pelos "rude boys", que passou a ser um hino entre a juventude jamaicana.
A partir daí, os Wailers tiveram dificuldades em ter as suas músicas executadas pelas rádios locais, já que estas argumentavam que as músicas eram feitas por "rude boys" rastafáris. Porém, apesar do preconceito, o grupo tornou-se cada vez mais popular na Jamaica e no estrangeiro, constituindo-se como a maior expressão musical entre os jovens. Acabaram, no entanto, por se separar.

Bob Marley passou a ser a principal voz em discos antológicos feitos com os remanescentes do grupo. Apesar das mudanças, os ideais e o conteúdo das letras do rei do reggae mantiveram-se e intensificaram-se. Nem a sua morte, a 11 de Maio de 1981 (aos 36 anos de idade), devido a um cancro generalizado, foi suficiente para calar os ideais deste mito.

A sua música e os seus ideais continuam vivos e são eternizados de geração em geração e é isso o que hoje podemos celebrar e valorizar. Só é pena não haver mais pessoas a defende-los e a praticá-los.

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

ETA em Portugal

José Manuel Anes, presidente do OSCOT, afirmou que a vivenda em Óbidos, identificada pelas autoridades portuguesas com material explosivo, era uma base da ETA e referenciou ainda que "não se excluiu a hipótese de haver mais uma ou outras casas em Portugal”.

Ainda à poucas semanas o Ministro da Administração Interna (Rui Pereira) referiu , aquando da operação que levou à captura de dois elementos da ETA em Torre de Moncorvo, que não havia bases da ETA em Portugal e que nem havia indícios disso. Agora é identificada esta vivenda e o presidente da OSCOT profere estas declarações.

Na altura a afirmação foi duvidosa. O Sr. Ministro baseou as suas afirmações apenas naquilo que o seu homólogo espanhol lhe disse e não em qualquer investigação. Rui Pereira afirmou à Renascença que “ele disse-me que não há indícios dessa natureza”.
Quem poderá confiar nas suas palavras de hoje em diante, Sr. Ministro?

Facto é que há muito tempo os espanhóis vinham a notificar-nos sobre isto e agora José Manuel Anes sublinha que o objectivo da ETA "é estabelecer uma base em Portugal”.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu II

Sou um hiato numa qualquer frase.
Talvez porque não sigo muitos padrões pré-estabelecidos e, mais importante que isto, tenho opiniões próprias sobre os mais diversos assuntos e quase sempre bem informadas e estruturadas.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Carvalhal rua!?

O Sporting atravessava o melhor período da temporada, tendo sido responsável por isso Carlos Carvalhal que impulsionou o crescimento da equipa no espaço de 2 meses. Atravessava até defrontar o Braga e o Porto!

Em relação ao Braga, o Sporting entrou bem, mas viu o Braga marcar de forma infeliz e defender a vantagem no marcador a partir desse momento. Liedson desta vez resolveu mal e nem Miguel Veloso conseguiu empatar. Pelo que fez o Sporting teria merecido o empate.
Com o Porto a história não se repetiu. O Porto mostrou-se muito ofensivo num jogo em que o Sporting se mostrou incapaz. Nem o golo de Izmailov tirou a equipa do buraco e com o terceiro golo do Porto a equipa ficou extremamente insegura e ineficaz. Perdeu e mereceu!


Falando do que me levou a redigir este texto: Carlos Carvalhal.

Herdou uma equipa numa situação complicada em vários parâmetros, mas é um facto que Carvalhal conseguiu recuperá-la em tempo viável para a esperança se reavivar em todo o clube. Se é verdade que só em Maio se fará o “saldo” da época, é também verdade que graças a ele o Sporting entrou numa curva ascendente para o sucesso (contemos os dois últimos jogos).

No início de Janeiro, Carvalhal acreditou que conquistara os adeptos, após a óptima exibição que o Sporting teve frente ao Leixões, vencendo 1-0, mas será verdade?

Parece que Carvalhal ainda não convenceu a todos. Ainda esta noite, após o Porto x Sporting, ouvi alguém dizer “Carvalhal rua!” e pensei de imediato “Este está cego, coitado! Para a rua porquê?
- Por ter mudado o rumo miserável do Sporting?
- Por ter restituído a confiança aos jogadores?
- Por ter dado esperança ao clube?
- Por o Sporting ter começado a dar uns toques na bola?
- Por ter feito o pleno na Carlsberg Cup?
- Por ter levado 6 vitórias consecutivas?
- Por ter perdido com o Braga e o Porto (equipas do topo) e não com uma qualquer equipa do meio da tabela?

Realmente, alguma massa associativa leonina não sabe o que faz, tanto assobia como aplaude… Sem qualquer critério!

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