sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia Mundial do Livro

Comemorou-se hoje o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, naquela que é uma data simbolicamente escolhida em honra de grandes escritores (Miguel de Cervantes e William Shakespeare) que faleceram neste dia.

Todos os anos são realizadas diferentes iniciativas que têm como objectivo a promoção do gosto pela leitura; não obstante, relembram-nos algo que muitas vezes nos passa despercebido: os livros. O evento mais cativante este ano foi executado pela Livraria Bertrand que evocou o jogo colectivo “cadáver esquisito” ao colocar, no Chiado, um livro com cerca de dois metros de altura.
Neste livro gigante, Francisco José Viegas escreveu o primeiro parágrafo de uma história. Espera-se agora que os transeuntes leiam o parágrafo e se sintam impelidos a continuar a narrativa como lhes aprouver. O produto final constante neste livro será, tal como no jogo anteriormente referido, fruto de um trabalho colectivo com origem em várias mentes, através do seguimento de frases.


É oportuno relembrar que se aproxima a 80.ª edição da Feira do Livro de Lisboa - a realizar no Parque Eduardo VII, de 29 Abril a 16 de Maio - naquela que é uma excelente oportunidade para adquirir livros com 50% de desconto.
Não posso deixar de referir os concertos (do jazz ao hip hop), os debates que englobam temas variados (da monarquia à literatura infantil) e as sessões de autógrafos de escritores (Sveva Casati Modignani, Robert Muchamore, Paul Hoffman, Ricardo M. Salmón, Dorothy Koomson, Luis Sepúlveda e Ricardo Pinto).

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terça-feira, 20 de abril de 2010

A mordaça inglesa

O Tribunal manteve a providência cautelar ao livro e filme “Maddie – a verdade da mentira”, como já seria de esperar, pois os McCann foram dados como inocentes. Mas, ainda antes de se conhecer o veredicto, já Gonçalo Amaral se preparava para lançar um novo livro “A mordaça inglesa”. Intrigante? Talvez não…

Muitos opinam que ambos os livros constituem uma forma de defesa do seu bom nome, nos quais faz uso de informações viáveis (as contidas nos ficheiros da Polícia Judiciária) para se defender das “acusações” da imprensa e dos próprios pais da criança.
Na minha opinião, isto não passa de um circo e este senhor foi perspicaz o suficiente para se aproveitar da situação, até porque nada acrescentou ao que já se sabia, nada foi provado e apresenta apenas um conjunto de suposições em que implica os pais. Palpita-me ainda que enquanto o caso for mediático, Gonçalo Amaral continuará a publicar os seus livros e apenas o Povo não se apercebe disso mesmo.

Talvez o grande problema do Povo seja continuar a ver sempre bons e maus em todos os casos, não lhes ocorrendo que podem ser, por exemplo, todos maus.
Neste caso, em concreto, ocorreu isso mesmo: os pais foram inconscientes e irresponsáveis, os políticos manipuladores e a justiça cega. A única inocente foi mesmo a pequena Maddie.

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Parabéns aos cientistas do CERN

Uma breve nota apenas para dar os parabéns, ainda que atrasados, aos cientistas do CERN envolvidos no projecto do LHC (o acelerador de partículas), que conseguiram, após duas décadas de preparação, acelerar dois feixes de partículas, obtendo as primeiras colisões de partículas a altas energias nunca antes alcançadas pelo Homem.

Estão agora, possivelmente, criadas as condições para recriar o Universo após o Big Bang, permitindo um maior conhecimento sobre a constituição da matéria ao mais ínfimo pormenor. Ou seja, deu-se início a uma nova etapa naquela que é a exploração da física e que nos poderá permitir aceder a respostas para grandes questões como: a existência da partícula de Higgs; de que é feita realmente a matéria; o que é a matéria escura e a energia escura.

Ao que parece eu (tal como outros) tinha razão e não foi o fim do mundo como alguns temiam. É agora visível que as suposições da criação de um buraco negro, através da experiência, se revelaram infundadas.

Parabéns a todos, em especial ao portugueses que integraram a equipa!

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mariano Gago quer fechar cursos

Veio ontem a público pela voz do Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Mariano Gago), que 640 cursos vão fechar, ao longo dos próximos anos. Ainda pelas palavras de Mariano Gago, a redução acima referida terá lugar “antes de qualquer processo externo de acreditação e avaliação".
Um assombro!

É com espanto que leio tais palavras, pois, embora seja leiga no que se refere a este tipo de processos de avaliação, não compreendo como se veda o acesso a um curso sem antes avaliar as suas mais-valias (qualidade cientifica, pedagógica, oportunidades de emprego). Ou será a avaliação destes cursos um acto meramente político e burocrático?
Tal afirmação leva-me a crer que há cursos, de escolas com menos dimensão e peso, que já se encontram condenados.

Sou de opinião que os cursos existentes devem traduzir o que o mercado de trabalho necessita em recursos humanos e conhecimento técnico, não só pelos fundos empregues pelo Estado ao Ensino Superior que agora se vêem mal canalizados, mas também pelo empenho dos próprios jovens que acabam por no fim das suas licenciaturas se depararem com uma afirmação profissional utópica, pois o mercado de trabalho não requer as suas habilitações.

É um facto que há cursos a mais, mas se este problema actualmente existe é devido, principalmente, à falta de auto-regulação por parte do Estado (facto que Mariano Gago se esqueceu de referenciar) e à má interpretação do Processo de Bolonha. Caso houvesse uma organização da legislação no que diz respeito a esta temática, não teria ocorrido uma proliferação de cursos, pois haveria um processo de avaliação dos mesmos antes da sua acreditação e não sendo necessários, como se vem agora a verificar, não seriam sequer abertos.

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domingo, 4 de abril de 2010

A Paixão de Cristo



A palavra ‘paixão’ no seu étimo significa ‘sacrifício’, sendo que a crucificação é considerada a maior de todas as paixões. Quanto ao filme é uma história pura e simples que todas as pessoas conhecem: Jesus Cristo foi apanhado junto às azinheiras, condenaram-no, pregaram-no, a mãe chorou e o filho ressuscitou.

Na altura do seu lançamento, apenas uma das várias críticas que li fazia uma apreciação positiva ao filme, todos os outros críticos faziam notar que o realizador ultra-católico se manteve tão doentio na sua apreciação do sangue que se esqueceu do valor espiritual da mensagem cristã. Houve quem escrevesse que o filme tinha-os deixado vazios e revelava-se sem impacto algum. No entanto, os críticos têm um problema: adoram formar as suas opiniões no espaço que vai da porta do cinema até à porta do carro.

Quando vi o filme estava certa que seria uma autêntica perda de tempo, mas acabei por me deixar levar e flutuar numa obra directa, implacável e apaixonada, que explora a história simples de um homem especial que estava disposto a morrer pela humanidade. Mas é verdade que, com todas aquelas torturas, flagelações e execução final, o filme é algo violento.

Pode ser um pouco gore, mas tomei agora consciência  de uma bela comparação que relaciona o visionamento deste filme com o dia em que nasci, pois existem semelhanças nos eventos: dei comigo num compartimento escuro, de repente apareceu um raio de luz, depois começou a jorrar muito sangue durante muito tempo e desde então a minha vida tem sido feita de provações. Mas não sou a única!

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