sábado, 29 de janeiro de 2011

Vuvuzela

Numa visita de cortesia à casa de amigos, não pude deixar de notar que existe num canto da  sua sala um destes exemplares e isso levou-me a reviver alguns momentos dolorosos do Mundial de 2010 (e não estou a referir-me à prestação de Portugal na competição).

Durante o referido Mundial, a vuvuzela foi o objecto mais usado dentro e fora dos jogos e, ainda hoje, não consigo compreender porquê. Eu até percebo que este seja um instrumento típico do país em questão, mas não é também um atentado à saúde pública? 
Ao que parece a Lei do Ruído ficou esquecida algures a meio do processo (ou não terá sido conveniente para alguns fazê-la vigorar) e, de facto, acabámos por ficar com este símbolo para o Mundial.

Tínhamos, assim, um objecto que quando usado originava um ruído horrível e ensurdecedor, que me levava a retirar quase por completo o volume à televisão enquanto assistia aos jogos. E se isto a nós causa este incómodo imaginem aos jogadores, que não se conseguem comunicar com os colegas ou ouvir as indicações que lhes são dadas. Acredito que, naqueles jogos de futebol, até ouvir o apito do árbitro era um feito hercúleo! Valeu-lhes a mímica...

É um facto que a minha voz não foi a única a erguer-se contra esta opção de extremo mau gosto, mas não adiantou de nada e tivemos de suportar o seu ruído. Felizmente o Mundial acabou e levou com ele levou aquele som horrível!

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cuidado com as entrevistas

 

Muitos referiram, ao longo do último mês, que o nosso Primeiro-Ministro é um troca-tintas e basta olhar para a imagem acima para compreender o porquê de tais afirmações, mas eu não!
Não nos podemos esquecer que, nos cinco anos posteriores a esta entrevista, o nosso actual Primeiro-Ministro desenvolveu "o talento e as qualidades" necessários para o correcto desempenho do cargo. Para além disto, meus caros, devíamos estar agradecidos por este senhor aceitar "pagar o preço" de ter uma "vida horrível".


PS - Não se esqueceram de inserir uma resma de sarcasmo ao ler este texto, pois não?

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Voto em branco NÃO É útil

Segundo a Constituição da República Portuguesa, um candidato para ser eleito necessita da maioria (50% + um) dos votos validamente expressos, ou seja, apenas são contabilizados os votos válidos, sendo excluídos os votos em branco e nulos.

Se os votos em branco não entram na contagem e não influenciam o resultado final da votação, é óbvio que votar em branco é inútil. Aliás, por esta ordem de ideias os votos em branco, exactamente por não serem contabilizados, acabam por favorecer o candidato dito "favorito", neste caso Cavaco Silva (para melhor perceber esta questão consulte este artigo de A. Xarim).

Tendo isto em conta não me faz sentido que se tenha apelado aos votos em branco, em sinal de protesto e para que Cavaco Silva não fosse reeleito à primeira volta, pois o valor que um voto em branco tem é zero. Faria-me mais sentido que se tivesse apelado ao voto num dos outros candidatos, pois só se Cavaco Silva não obtivesse a maioria teríamos uma segunda volta.

Na minha opinião, o nosso sistema de eleição devia ser repensado. Talvez fosse desejável alterar o nosso sistema de voto e torná-lo obrigatório; paralelamente a isto, o voto em branco deveria ser tornado útil, ou seja, devia começar a ser contabilizado, pois ao contrário do voto nulo demonstra uma vontade, a da abstenção consciente e contra o sistema, e qualquer pessoa deve ter direito a ela.

Se o voto fosse obrigatório e os votos em branco fossem contabilizados, acredito que alguns políticos iriam repensar a sua posição. Talvez aprendessem algo com isso e talvez percebessem que mais de metade da população portuguesa não se revê neles e nas suas acções.

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domingo, 23 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011 - Presidente Cavaco

Parece que realmente que o silêncio vale ouro!
Cavaco Silva fez uma campanha repleta de sorrisos e silêncios, recusando-se a comentar/explicar alguns dos seus negócios e ainda se regozijou aquando da confirmação da vitória pelo facto de não o ter feito e ter sido eleito. Acabou por deixar no ar a ideia de que a sua eleição era prova sobeja da sua integridade, como se fosse o cargo a dignificá-lo e não o contrário.

Sinceramente, o que me revolta é que a justiça nada venha a fazer em relação as estas suspeitas e que o senhor Presidente, tendo a sua honra e honestidade questionadas, nada tenha feito para as defender (talvez nem soubesse como).

Começo a ver algumas semelhanças com Pinto da Costa...

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011 - candidatos

Embora a campanha tenha arrancado oficialmente apenas a 9 de Janeiro, já ouvimos falar sobre as presidenciais há um ano. Era de esperar que nesta recta final se gerasse interesse em torno da mesma e que fossem discutidos assuntos de interesse, porém os debates foram pobres e nada de interessante foi dito, para além de acusações ou silêncios redobrados.
Sem muito mais haver a dizer, chegamos às urnas com os seguintes candidatos a Presidente da República (PR):

Cavaco Silva 
Pelas sondagens, tem a campanha ganha, mas não com base no meu voto. Se tivesse alguma dúvida em relação a Cavaco Silva, nem precisaria das questões levantadas pelos outros candidatos, ela ter-se-ia dissipado com sua a afirmação de que “compete ao Presidente da República saber o rumo a dar ao país”. Pergunto-me que rumo deu este homem ao país com a sua inépcia enquanto PR.

Manuel Alegre
Existem dois, um do PS e outro do BE, não me admira por isso a sua falta de opinião e incoerência em relação a quase todos os assuntos. Como se não bastasse resolveu fazer campanha atacando Cavaco Silva e quando confrontado com o seu trabalho publicitário para o BPP foi no mínimo contraditório. Tendo em conta que vai perder mais uma vez esta corrida para Cavaco Silva, resta-me saber como irá justificar agora a sua derrota ao PS, que desta vez o apoiou e a quem retirou a vitória em 2006.

Fernando Nobre
Preferiu não atirar pedras ao telhado de ninguém, manteve sempre um rumo certo e diz, com alguma razão, que “já ganhei”, afinal de contas é um candidato independente que em nada está relacionado com a política e conseguirá, mesmo assim e talvez por isso, ser o terceiro candidato mais votado. Infelizmente é exactamente este distanciar do mundo político e governativo que jogou contra si nos debates, nos quais demonstrou não ter as capacidades governativas necessárias para ser um bom PR. Digamos que lhe faltam algumas bases no meio.

Francisco Lopes
Manteve-se fiel ao seu partido e sabe bem em que sociedade vive (numa de segregação de classes que abusam umas das outras). Porém, ninguém espera que se afirme. Eu acredito que está apenas correr pela segunda volta nas presidenciais e pela liderança do seu partido.

Defensor Moura
Não me inspirou confiança quando afirmou que é seu desejo “reduzir a corrupção com a regionalização” e, em relação a isto, todos sabemos que com os mecanismos de corrupção e o carácter moral dos nossos governantes, uma medida destas apenas tornaria a corrupção mais acessível aos poderes regionais.

José Manuel Coelho
Parece o bobo da corte e pergunto-me se estará a querer disputar o lugar com Santana Lopes. Sinceramente, considero esta candidatura disparatada e com um único propósito: fazer-se ouvir para ganhar na Madeira.

Posto isto, resta-nos votar por um mal menor.


PS – Pelas conversas de café sobre o assunto, a maioria das pessoas não está motivada, por isso resta-me, com tristeza, desejar que Cavaco Silva tenha mais de 50% dos votos para que isto acabe de uma vez e se poupem uns milhões com a segunda volta.

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

2011 chegou

Estas festas realmente não deram descanso! Este ano tudo se complicou ainda mais, porque a minha humilde casa foi escolhida como "centro de convívio", tanto para a festa de Natal como para a Passagem de Ano.

De qualquer forma, o ano chegou ao fim e, olhando para os últimos 12 meses, parece que não fiz nada de importante. É que nem sequer sinto que tenha havido qualquer tipo de mudança significativa. Todos os (poucos, mas elaborados) planos foram adiados para este tão (pouco) prometedor 2011...

Anyway, FELIZ 2011!

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