sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Aalst, Bélgica

Depois de Bruxelas, foi tempo de seguir para noroeste e visitar Aalst.

A estação de comboios fica nas margens do rio Denver, cujo calmo caudal alberga vários barcos que oferecem serviços de restaurantes e bares. Ao passar ao longo das margens, fiquei chocada com a falta de zelo e o subaproveitamento das mesmas e, com um leve sorriso de satisfação, relembrei as margens do rio Tejo, em Abrantes.
Era tempo de explorar a cidade!

Aalst e o seu aspecto frio já não me surpreenderam, uma vez que se assemelhava a Bruxelas, no entanto, e à parte disto, a cidade não parecia estar em nada relacionada com a sua capital. A ausência de movimentação nas ruas, de barulho e de pessoas, fez com que por momentos, aos meus olhos, a cidade parecesse fantasma.
O meu pensamento acabou por ser afastado pelo apito do comboio e por um cheiro que reconheci como sendo pão acabado de confeccionar. Afastado aquele pensamento arrepiante, respirei fundo, olhei a cidade que parecia parada no tempo e aventurei-me pela rua mais próxima.

Sem mapa e sem sequer possuir uma leve noção sobre os monumentos mais emblemáticos a serem visitados, acabei por vaguear por avenidas, ruas e ruelas. Ao longo das ruas exaltavam-se prédios antigos, predominantemente de arquitectura gótica e na sua maioria conservados através do tempo, cujo rés-do-chão servia os mais variados tipos de lojas e pubs. Apenas um edifício destoava pela modernidade, embora se apresentasse sóbrio: a biblioteca.
Foi nessa altura que me apercebi que a rua estava enfeitada com os típicos cordéis com papéis coloridos, tão usados nas festas populares das aldeias portuguesas e pensei, para mim própria, que afinal não somos povos assim tão diferentes.

Tive sorte, pois a rua onde ingressamos dava acesso directo ao centro da cidade, um local que desde logo saltava à vista como sendo o ponto de encontro da grande maioria dos habitantes da cidade, independentemente da sua idade. Encontrava-me no Market Place, o coração daquela cidade. É uma enorme e simples praça, repleta de bares e restaurantes para todos os gostos e todas as carteiras, com espaço sobejo para os mais pequenos brincarem livremente.
Perto desta praça pude visitar alguns dos principais monumentos da cidade e, descobri mais tarde, a zona comercial, onde se encontram também algumas marcas de renome.

Não me podia esquecer de provar os chocolates que são realmente bons, como aliás é do conhecimento geral, mas foram os gelados da gelataria que se encontra no largo da Estação de Comboios que me satisfizeram, são divinais.
A título de curiosidade, nunca vi tantos cães numa cidade!

Embora me tenha aguçado a curiosidade e o balanço da viagem tenha sido notoriamente positivo, a Bélgica continua a ser um país que não me desperta grande interesse. De qualquer forma, esta foi uma forma de ver um pouco do coração da União Europeia e ver a pitoresca cidade de Aalst, que de outra forma provavelmente não visitaria.

12 comentários:

  1. A falta de zelo também nós por cá temos.
    ...
    Podias ter feito também uma listinha de parecenças/diferenças.
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    Têm de ir la fazer um filme de terror de série b!!!

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  2. A falta de zelo há um pouco por todo o lado, infelizmente. A cidade acaba por ser muito pacata, se bem que pelos edifícios e ruas desertas seria um possível cenário sem dúvida.

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  3. Teve sorte, considero ser sempre melhor conhecer os locais realizando passeios pedestres que contemplem os chavões do local em questão. Uma muito boa opção.

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  4. Foi um bom começo de aventura cachopa mas onde anda Londres? :p

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  5. Na altura tive uma sensação estranha, só isso. Concordo consigo Célia, mas ao fim de 10km numa city tour pedestre não planeada e com bolhas nos pés (o calçado não era o mais apropriado) já só pensava em encontrar um autocarro! Londres ficou em stand-by, infelizmente...

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  6. 10km numa tarde?
    ...
    Tu és doida!
    ...
    Isso faço eu numa semana!

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  7. Sim, foi literalmente até não aguentar mais.

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  8. Músculo extra e noite bem dormida.
    ...
    É só benefícios!

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  9. As bolhas não foram um benefício.

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