terça-feira, 15 de junho de 2010

O Cinema

O cinema é uma expressão artística (aquela que, a par da música, tem mais visibilidade), mas será realmente uma arte nos tempos que correm?
A verdade é que a diferença entre o cinema nos seus primórdios e a actualidade é ensurdecedora!

Não sou uma expert, mas até meados da década de 90 existia uma notória preocupação em relação a todos os componentes dos filmes (com o roteiro, com os actores, com a mensagem que o filme comunicava e com a forma como essa mensagem era entendida pelo público). Inicialmente o cinema abordava temas como a amizade, o arrependimento, o perdão, a coragem e a perseverança; talvez por isso os filmes da época tenham emocionado e marcado um grupo tão abrangente de pessoas e se tenham tornado eternos.
São exemplos: “O nome da rosa”, “A vida é bela”, “Sociedade dos poetas mortos”, “Génio indomável” e “O fabuloso destino de Amélie Poulain”.

Actualmente os filmes são, na sua maioria, desprovidos de inteligência, estandardizados e com piadas que chegam a ser repetitivas e até ofensivas, demonstrando que os directores apenas pretendem lucro e popularidade. Torna-se assim necessária uma elevada dose de bom senso e alguma sorte para encontrar algumas boas películas.

Este ano, as fitas de celulóide estão repletas da nova “fórmula para o sucesso”. Quero com isto dizer que as estreias do presente ano quase se resumem a uma lista de remakes de filmes e séries dos anos 80 e de adaptações de videojogos e heróis da Marvel.
Na minha opinião, as duas únicas surpresas originais foram as de Tim Burton (“Alice no País das Maravilhas”) e Spike Jonze (“Sítio das coisas selvagens”), que trabalharam dois clássicos infantis, acabando por os transformar em clássicos do cinema.

27 comentários:

  1. Perdoe-me, mas está em falta um grande clássico do cinema na sua pequena lista, "Casablanca".

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  2. Estás a ser injusta miúda! Não te esqueças do uso das novas tecnologias no cinema, por exemplo o 3D.
    Além disso as coisas mudam. É normal que o cinema não fuja à regra.

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  3. Desta vez o Jô lá tem a razão: as coisas mudam.
    ...
    O grande problema é que as coisas deviam mudar, mas para melhor!
    ...
    E quanto há tecnologia acho que o 3D é sobrevalorizado.

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  4. Quando tinha a vossa idade ir ao cinema era quase um luxo e eu ainda sou do tempo em que bastavam aqueles filmes repletos de simplicidade para nos fazerem sonhar, viajar, rir e chorar. Não quero com isto dizer que as novas tecnologias aplicadas ao cinema não sejam uma mais-valia, mas parece-me que são orientadas para um público muito mais jovem.

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  5. Isto é uma tempestade num copo de água, porque estão a querer comparar coisas diferentes. Oh gente, o cinema mudou porque o resto do mundo também mudou e é claro que o 3D e os novos temas de ficção são diferentes, exactamente por isso, pela mudança que houve.

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  6. "Casablanca" é com toda a certeza uma boa referência Célia.

    Tenho de concordar consigo Roberto, se o cinema é assim, em parte, isso deve-se à audiência.

    Quanto à tecnologia aplicada, é discutível. Acredito que os filmes não necessitem de muita tecnologia, no entanto há determinados géneros em que esta é decisiva para um bom resultado final.

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  7. Enlatados e pastelões é como consigo descrever os filmes de hoje que (feitos maioritariamente a computador) ficam longe de ser considerados arte.

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  8. Não posso acreditar! Então só porque os filmes têm tecnologia já não são arte? LMAO!

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  9. Mais um bocadinho e estão a dizer que a arte feita através de uma tablet também não é arte.

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  10. Nem sabia que os tablets davam para desenhar.
    ...
    Pensava que a grande funcionalidade era ver filmes e livros.
    ...
    Estamos sempre a aprender.

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  11. Small Lady, estás a confundir Tablet PC com um Graphic Tablet (o Jorge estava a referir-se a este último).

    O facto de serem ou não bons filmes, está mais relacionado com os roteiros e a interpretação dos actores, do que com os efeitos especiais. Só isso...

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  12. Não me ponham palavras na boca! Não quis dizer que toda a tecnologia é "má", mas sim que há filmes em que o seu uso é excessivo e isso acaba por tirar algum corpo ao filme. Até porque ainda existem bons filmes, embora sejam escassos.

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  13. Pois eu acho que o cinema com todos os avanços que já se conseguiram só fica a ganhar!

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  14. Eu gosto do cinema de hoje, é muito mais interessante e tem mais movimento. Não é tanto só na base do romance.

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  15. Tal como referiu Sílvia, um bom filme conjuga bons actores/actrizes e uma boa história. Com isto temos um filme, no mínimo, promissor. Infelizmente, como disse o Lourenço, cada vez mais esses filmes são raridades.

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  16. A verdade é que nem todos são bons.
    ...
    Há directores que saiam-se melhor como publicitários de cerveja!

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  17. A cerveja não precisa de muita publicidade :p

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  18. Precisa porque os olhos também comem! Quer dizer... bebem.

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  19. António "Green" Évora19 de junho de 2010 às 22:18

    A mim o que "chateia" (mas só um bocadinho) é o facto de cada vez haver mais curvas e silicone em detrimento da qualidade das actrizes. Outros tempos...

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  20. Normal, gostamos de ver coisas bonitas.

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  21. Vende-se melhor, é um facto, mas é pena existir cada vez mais esse culto pela superficialidade.

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  22. A beleza, e tudo o que a envolve, já se encontra demasiado entranhada para que seja desvalorizada de um momento para o outro. E além disso o Roberto tem razão: os olhos também comem!

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  23. Recomendo os filmes simples, que são os que normalmente têm melhores roteiros.

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  24. A vida é bela e O fabuloso destino de Amélie Poulain são exemplos de filmes intemporais, nada haver com Avatar que só faz lembrar partes de outros filmes. Antes ver a Pocahontas.

    JDamas

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  25. Pela mensagem que ambos os filmes contêm também opto pela princesa da Disney.

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  26. os filmes são para entreter, há diferentes pessoas com diferentes gostos e por isso há diferentes filmes. reduzir o cinema bom só a classicos é parvoice.

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  27. HO, em abono da verdade concordo consigo, mas tem de concordar que existem filmes que claramente se destacam.

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