Num acesso de genialidade e boa vontade, a FNAC lançou a campanha "A cultura renova-se", através da qual oferece um vale de cinco euros por cada livro, CD ou DVD usado que seja entregue, sendo que o fruto da recolha é destinado à AMI. Uma ideia agradável para a AMI e para os nossos bolsos, não fosse o facto de o slogan de campanha ser: "Troque os Maias pela Meyer”.
O placard promocional "Troque os Maias pela Meyer"
A minha reacção imediata foi semelhante à de centenas de portugueses que associaram a esta frase uma desvalorização e um enorme desrespeito pela cultura e pelos autores nacionais, eu diria que considerei ultrajante e humilhante a comparação (e para tudo isto já chega o acordo ortográfico). Só depois notei que a mesma campanha indicava a troca da Pink! pelos Floyd e voltei a centrar-me na mensagem que a FNAC pretendia passar. Na verdade, o que se pretende é a troca por novos títulos e autores, porque as obras que são publicadas hoje devem ser tidas em conta, de forma a podermos descobrir os Eça dos tempos modernos.
Para além disto, no meio de toda esta história, o que mais me enfureceu foi o facto de centenas de pessoas partilharem a sua indignação e defenderem Eça de Queirós, como se do seu autor preferido se tratasse e, no entanto, nem um quarto destas leu “Os Maias” (ou se leu foi só o resumo porque o livro era de leitura obrigatória). Numa palavra: vergonhoso!
Eça ter-se-ia rido.
O marketing funcionou!
ResponderEliminar...
Aposto que os indignados nem se aperceberam do que estavam a fazer pela fnac.
P U B L I C I D A D E
ResponderEliminarSmall Lady, foi uma excelente campanha já que ao fim de um par de horas metade da blogosfera e "facebookianos" tinham conhecimento da dia.
ResponderEliminarJorge, e gratuita!
Ah pois.
ResponderEliminar...
Saiu barato!
...
É como os teus colegas a preço low cost =D