O cinema é uma expressão artística (aquela que, a par da música, tem mais visibilidade), mas será realmente uma arte nos tempos que correm?
A verdade é que a diferença entre o cinema nos seus primórdios e a actualidade é ensurdecedora!
Não sou uma expert, mas até meados da década de 90 existia uma notória preocupação em relação a todos os componentes dos filmes (com o roteiro, com os actores, com a mensagem que o filme comunicava e com a forma como essa mensagem era entendida pelo público). Inicialmente o cinema abordava temas como a amizade, o arrependimento, o perdão, a coragem e a perseverança; talvez por isso os filmes da época tenham emocionado e marcado um grupo tão abrangente de pessoas e se tenham tornado eternos.
São exemplos: “O nome da rosa”, “A vida é bela”, “Sociedade dos poetas mortos”, “Génio indomável” e “O fabuloso destino de Amélie Poulain”.
Actualmente os filmes são, na sua maioria, desprovidos de inteligência, estandardizados e com piadas que chegam a ser repetitivas e até ofensivas, demonstrando que os directores apenas pretendem lucro e popularidade. Torna-se assim necessária uma elevada dose de bom senso e alguma sorte para encontrar algumas boas películas.
Este ano, as fitas de celulóide estão repletas da nova “fórmula para o sucesso”. Quero com isto dizer que as estreias do presente ano quase se resumem a uma lista de remakes de filmes e séries dos anos 80 e de adaptações de videojogos e heróis da Marvel.
Na minha opinião, as duas únicas surpresas originais foram as de Tim Burton (“Alice no País das Maravilhas”) e Spike Jonze (“Sítio das coisas selvagens”), que trabalharam dois clássicos infantis, acabando por os transformar em clássicos do cinema.
Perdoe-me, mas está em falta um grande clássico do cinema na sua pequena lista, "Casablanca".
ResponderEliminarEstás a ser injusta miúda! Não te esqueças do uso das novas tecnologias no cinema, por exemplo o 3D.
ResponderEliminarAlém disso as coisas mudam. É normal que o cinema não fuja à regra.
Desta vez o Jô lá tem a razão: as coisas mudam.
ResponderEliminar...
O grande problema é que as coisas deviam mudar, mas para melhor!
...
E quanto há tecnologia acho que o 3D é sobrevalorizado.
Quando tinha a vossa idade ir ao cinema era quase um luxo e eu ainda sou do tempo em que bastavam aqueles filmes repletos de simplicidade para nos fazerem sonhar, viajar, rir e chorar. Não quero com isto dizer que as novas tecnologias aplicadas ao cinema não sejam uma mais-valia, mas parece-me que são orientadas para um público muito mais jovem.
ResponderEliminarIsto é uma tempestade num copo de água, porque estão a querer comparar coisas diferentes. Oh gente, o cinema mudou porque o resto do mundo também mudou e é claro que o 3D e os novos temas de ficção são diferentes, exactamente por isso, pela mudança que houve.
ResponderEliminar"Casablanca" é com toda a certeza uma boa referência Célia.
ResponderEliminarTenho de concordar consigo Roberto, se o cinema é assim, em parte, isso deve-se à audiência.
Quanto à tecnologia aplicada, é discutível. Acredito que os filmes não necessitem de muita tecnologia, no entanto há determinados géneros em que esta é decisiva para um bom resultado final.
Enlatados e pastelões é como consigo descrever os filmes de hoje que (feitos maioritariamente a computador) ficam longe de ser considerados arte.
ResponderEliminarNão posso acreditar! Então só porque os filmes têm tecnologia já não são arte? LMAO!
ResponderEliminarMais um bocadinho e estão a dizer que a arte feita através de uma tablet também não é arte.
ResponderEliminarNem sabia que os tablets davam para desenhar.
ResponderEliminar...
Pensava que a grande funcionalidade era ver filmes e livros.
...
Estamos sempre a aprender.
Small Lady, estás a confundir Tablet PC com um Graphic Tablet (o Jorge estava a referir-se a este último).
ResponderEliminarO facto de serem ou não bons filmes, está mais relacionado com os roteiros e a interpretação dos actores, do que com os efeitos especiais. Só isso...
Não me ponham palavras na boca! Não quis dizer que toda a tecnologia é "má", mas sim que há filmes em que o seu uso é excessivo e isso acaba por tirar algum corpo ao filme. Até porque ainda existem bons filmes, embora sejam escassos.
ResponderEliminarPois eu acho que o cinema com todos os avanços que já se conseguiram só fica a ganhar!
ResponderEliminarEu gosto do cinema de hoje, é muito mais interessante e tem mais movimento. Não é tanto só na base do romance.
ResponderEliminarTal como referiu Sílvia, um bom filme conjuga bons actores/actrizes e uma boa história. Com isto temos um filme, no mínimo, promissor. Infelizmente, como disse o Lourenço, cada vez mais esses filmes são raridades.
ResponderEliminarA verdade é que nem todos são bons.
ResponderEliminar...
Há directores que saiam-se melhor como publicitários de cerveja!
A cerveja não precisa de muita publicidade :p
ResponderEliminarPrecisa porque os olhos também comem! Quer dizer... bebem.
ResponderEliminarA mim o que "chateia" (mas só um bocadinho) é o facto de cada vez haver mais curvas e silicone em detrimento da qualidade das actrizes. Outros tempos...
ResponderEliminarNormal, gostamos de ver coisas bonitas.
ResponderEliminarVende-se melhor, é um facto, mas é pena existir cada vez mais esse culto pela superficialidade.
ResponderEliminarA beleza, e tudo o que a envolve, já se encontra demasiado entranhada para que seja desvalorizada de um momento para o outro. E além disso o Roberto tem razão: os olhos também comem!
ResponderEliminarRecomendo os filmes simples, que são os que normalmente têm melhores roteiros.
ResponderEliminarA vida é bela e O fabuloso destino de Amélie Poulain são exemplos de filmes intemporais, nada haver com Avatar que só faz lembrar partes de outros filmes. Antes ver a Pocahontas.
ResponderEliminarJDamas
Pela mensagem que ambos os filmes contêm também opto pela princesa da Disney.
ResponderEliminaros filmes são para entreter, há diferentes pessoas com diferentes gostos e por isso há diferentes filmes. reduzir o cinema bom só a classicos é parvoice.
ResponderEliminarHO, em abono da verdade concordo consigo, mas tem de concordar que existem filmes que claramente se destacam.
ResponderEliminar