Rebelde, crítico, duro, frontal, idealista, controverso, polémico, comunista, humanista...
Devido a todas estas qualidades, aquele que foi um dos melhores escritores portugueses, teve alguns inimigos ao longo da sua vida a nível político – pelo veto à candidatura de “O Evangelho segundo Jesus Cristo” a Prémio Nobel e pelas suas intervenções públicas contra os EUA pela política de agressão, Israel pela ocupação dos territórios palestinianos e Cuba pela morte de opositores ao regime – e religioso – aquando da publicação de “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, considerado ofensivo para a tradição católica portuguesa, e mais recentemente por o escritor afirmar que a Bíblia "um livro de maus costumes”.
Como escritor experimentou todos os géneros de literatura e foi vencedor do Prémio Camões (1995) e do Prémio Nobel (1998). Relativamente à sua escrita propriamente dita, que muitos referem ser um atentado à gramática, apenas me aprouve dizer que é um estilo único deste autor e que pode tornar a leitura algo difícil, devido às suas frases longas e aos poucos parágrafos.
Recomendo os seus livros pelos momentos reflexivos que proporciona, mas advirto que é necessária sensibilidade e pensamento crítico para conseguir apreciar uma grande parte da sua obra, do seu legado.
Construiu-se a ele mesmo enquanto homem e isso é de louvar! Feliz deve estar a igreja por se acabarem os ataques.
ResponderEliminarEle tinha uma doença crónica?
ResponderEliminarSó li o memorial do convento na escola e não gostei muito. Ontem os religiosos ficaram contentes e os que até gostam dele como escritor ficaram tristes.
Leucemia crónica e não, não só quem gostava dos livros, caro Jorge. Este é um daqueles homens que morreu, mas deixa uma grande obra e tinha ainda com toda a certeza muito para dizer.
ResponderEliminarTinha um grande sentido cívico, rompia com a hipocrisia, demonstrava coerência e é, por isso, uma grande perda para o que me deixa triste!
Foi controverso, criticou e às vezes desprezou com arrogância, mas apesar de tudo era um grande escritor.
ResponderEliminarA Espanha faz 3 dias de luto, cá só fazemos 2.
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É uma vergonha!
Se calhar porque vivia em Espanha lol. Se era tão patriota porque é que estava lá?
ResponderEliminarPorque lhe vetaram a candidatura de um romance a Nobel.
ResponderEliminarPor triste coincidência, estou a ler o Caim. Não será esquecido, pois já se imortalizou através das suas obras, mas é uma pena que nunca tenha recebido a devida homenagem. Parece que a RTP, a SIC e a TVI só se preocupam em homenagear os actores das suas novelas.
É triste, Lourenço. Até porque sempre foi um patriota e nem no tempo em que esteve em Espanha deixou de se preocupar e de intervir, na medida do que lhe era possível, com os assuntos do povo português.
ResponderEliminarAinda estava eu no Brasil e já este Senhor era, para mim e para muitos do outro lado do Atlântico, uma referência literária. Que se continue a divulgar a sua obra que já reconhecida um pouco por todo o mundo.
ResponderEliminarLeia então Lobo Antunes, pois é provável que goste, embora seja um estilo um pouco diferente.
ResponderEliminarQuanto ao facto de Saramago ser "um pouco" conhecido, tenho de discordar. A sua morte encheu cabeçalhos em todo o mundo e foram várias as figuras públicas, nacionais e internacionais, que lhe prestaram homenagem, nomeadamente os PMs da Espanha e França.
Depois de todas os livros magníficos ainda há quem acredite que o Nobel foi por ser comunista?
ResponderEliminarTalvez agora, à boa maneira portuguesa, lhe façam uma estátua e prestem homenagem com biografias e etcs, afinal de contas já morreu.
JF
Não gostava da forma dele escrever, mas ele sabia defender boas causas. É uma perda.
ResponderEliminarFicámos todos mais pobres.
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Ficam os romances, os poemas, etc.
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Triste que não se fale muito deste tipo de pessoas enquanto estão vivas.
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A propósito do mundial, que dizer de Nelson Mandela?
Mais um nome que fica gravado na história da literatura. Esta é mais uma prova de que somos pequenos em tamanho, mas grandes em sabedoria!
ResponderEliminarSomos grandes em sabedoria e em História. O melhor para manter viva a memória deste grande escritor é continuar a ler as suas Obras. É o que vou fazer em relação aos livros que ainda não li.
ResponderEliminarÉ a maior homenagem que lhe podemos prestar: continuar a lê-lo!
ResponderEliminarUm grande homem! Um grande escritor!
ResponderEliminarUm homem culto e "completo", com opinião sobre tudo. Faz falta aquele espírito crítico e sagaz.
ResponderEliminarFoi sem dúvida um homem polémico, mas foi sobretudo um Homem recto e coerente independentemente de muitos o considerarem louco.
ResponderEliminarJDamas
Se ainda cá estivesse, com certeza teria alguma coisa a dizer sobre estas presidenciais em jeito de piada satírica.
ResponderEliminarSe ainda cá estivesse era vê-lo a fazer piadas irónicas à custa das presidenciais.
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