No domingo passado o Benfica não fez a festa que tanto espera e o Porto ganhou (3-1). Foi um dérbi e houve golos, mas desengane-se quem pensa que o jogo foi intenso, porque não passou do vulgar. Foi notoriamente pobre tendo em conta as equipas, a história precedente e a conjuntura actual.
Olegário Benquerença executou uma arbitragem vergonhosa. Quis disciplinar, desde o princípio, mas acabou por mostrar consecutivos cartões mal assinalados (o do Dí Maria e do Fucile, são exemplos disso mesmo).
O Porto foi claramente superior, mas já era de esperar que eles se “esfarrapassem” neste jogo. Soube aproveitar o nervosismo do Benfica e fez um bom jogo.
O Benfica mais parecia o Sporting: sem chama, lento e passivo. Foi uma equipa pálida que não conseguiu desenvolver o seu jogo, devido em grande parte ao descontrolo emocional. Perdemos por culpa própria! Não houve um passe longo decente, pressão, desenvoltura e, nalguns minutos, quase parecia que o desespero de alguns jogadores fazia desaparecer a vontade de jogar.
O único golo surgiu de uma batalha de Luisão, que conseguiu a custo empurrar a bola para a baliza do Porto. O Benfica perdeu assim a oportunidade de garantir o título.
Estatisticamente, a probabilidade de o Benfica ser campeão é mais elevada, visto que apenas uma vitória do Braga conjugada com uma derrota do Benfica nos pode tirar a Taça. Todos estão confiantes na vitória, mas assusta-me a fragilidade emocional do Benfica, que já persegue “o ponto” há demasiado tempo, e o facto de se jogar tudo neste último jogo, o que por si só representa um perigo.
De qualquer forma, uma equipa com o nível futebolístico apresentado pelo Benfica, ao longo do campeonato, não devia ser campeão na última jornada. Não tirando mérito ao Braga, que se revelou uma surpresa, o justo vencedor da Taça é o Benfica, pelo jogo e pela atitude. Este ano a equipa começou a jogar para ganhar (antes jogava para não perder)!
Só espero que tenhamos de "desinfestar depois de usar" o Marquês de Pombal. É bom sinal que assim seja!
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